Crítica – Dom

“Bandido gato”, “Bandido do olho azul” e vários outros apelidos que marcaram Pedro Machado Lomba Neto, ou melhor dizendo, Pedro Dom, como era conhecido no Rio de Janeiro e também é o nome da nova série da Amazon Prime Video, que estreou nesta sexta-feira (04).

Pedro Machado, ou Pedro Dom era um famoso criminoso na Zona Sul do Rio de Janeiro, nos anos de 2004 e 2005, ele aterrorizava e roubava moradores de apartamentos da Ilha  do Governador e até na Barra da Tijuca. Jovem carioca de classe média na região, ele era viciado em cocaína desde dos seus 9 anos, e assim, pouco a pouco, o moço foi entrando pouco a pouco dentro do mundo do crime, até a sua morte, em 15 de setembro de 2005.

Mas, na série conta toda a história do jovem (interpretado por Gabriel Leone) e de seu pai, um ex-policial que lutava contra as drogas (interpretado por Flávio Tolezani, onde na série é chamado de Victor Dantas), e especificamente contra a cocaína, droga que seu filho era usuário. E na série, um dos vários pontos positivos que têm, uma delas é falando da relação de pai e filho, que, mesmo estando dos lados opostos desta luta, sempre havia o carinho de pai e filho, ainda mais pela a parte do pai, que queria ver o seu filho ser uma pessoa normal, sem ter o vício pela droga do lado.

Outro ponto que também destaco aqui na crítica, é que a série tenta entender o que de fato foram os acontecimentos que levaram o Dom a entrar no mundo do crime. De como podemos entender, estudar a mente do Dom, de iria de uma pessoa querida e amava a até de alguém que era uma bomba-explosiva, por conta do seu vício e de arrumar as confusões e destruir a sua família. E é nesta situação que as atuações dos dois protagonistas se destacam, principalmente do ator Gabriel Leone, que convence bem em sua atuação, principalmente nesta mudança de ser uma pessoa amada pelo seus pais e irmã e uma bomba-relógio quando começa a usar drogas e a roubar as casas.

Um detalhe importante é que, a série expõe vários detalhes do passado, como é o caso do Victor Dantas (que na época da Ditadura Militar, trabalhava como mergulhador e numa organização secreta do exército, onde lutava contra a chegada da cocaína no Brasil). E do Pedro Dom, onde mostra ele na sua infância e adolescente, mostrando os primeiros furtos e também as suas 10 internações para se livrar do vício à cocaína.

No fim, a série não é uma romantização de um criminoso ou então falar que as atitudes que ele fazia eram “legais”, não, muito pelo contrário. A série mostra as duas faces da luta contra as drogas, de um pai que sempre lutou contra a chegada dela e de um filho, que se viciou e entrou no mundo muito novo e nunca conseguiu se recuperar. A primeira temporada de Dom tem oito episódios, com duração de uma hora cada, e por ser uma série com os episódios longos e pesados por conta do tema, é até recomendável você ver um, dois episódios seguidos e depois dar uma respirada, tomar um fôlego para seguir em frente com ela. No geral, a série ela é boa, não nada de especial ou então que chama a atenção, mas vale a pena a ver ela quando tiver um tempo livre.

Por: Lucas Barbosa